De acordo com dados da FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura), até 2050 a população mundial passará dos 9 bilhões de pessoas, o que traz o desafio socioambiental de prover dietas saudáveis para toda a população em um mundo cada vez mais urbanizado, construindo sistemas alimentares justos, igualitários e éticos para produtores e consumidores, e mitigando os impactos negativos da cadeia produtiva sobre os ecossistemas e sua contribuição para a crise ecológico-climática atual.
Integrando uma cadeia produtiva complexa, com muitas etapas e diversas partes envolvidas, as empresas que fazem parte do sistema produtivo agroalimentar – desde a agropecuária, processamento, distribuição, até a preparação, consumo e descarte – necessitam de uma visão completa de suas interações com o território e demais atores para garantir que a sustentabilidade e a transparência estejam presentes do início ao fim de sua operação, desde a origem da matéria-prima utilizada, a maneira como ela é transportada, processada e apresentada ao consumidor final. Garantir uma renda digna e o cumprimento dos Direitos Humanos dos produtores e trabalhadores rurais, a não utilização de áreas produtivas resultantes de desmatamento e conversão, o uso de combustíveis limpos para o transporte dos insumos, um processo produtivo livre de carbono, a produção de alimentos ricos em nutrientes e livres de substâncias tóxicas com preços acessíveis, e embalagens e rótulos que aliem praticidade e uma eficiente gestão de resíduos são alguns dos pontos básicos que podem ser mapeados e avaliados para a mensuração de impactos e construção de uma estratégia de impacto positivo.
Considerando um dos principais impactos ambientais atuais – as mudanças climáticas –, calcula-se que o atual sistema produtivo agroalimentar seja responsável por 26% do total de emissões de gases de efeito estufa globais, considerando a agropecuária, a pesca, as mudanças no uso da terra, o processamento de alimentos, o transporte e a fabricação de embalagens.
No âmbito socioeconômico, a última edição do relatório “O Estado da Segurança Alimentar e da Nutrição no Mundo”, da FAO (2021), aponta que 12% da população mundial vivia em situação de extrema insegurança alimentar em 2020, e quase 1/3 da população não tinha acesso à alimentação adequada no mesmo ano.
Entende-se, portanto, a importância de uma visão sistêmica ecológica, agrícola e alimentar – uma interação entre ecossistemas agrícolas que envolvem cultivos, biodiversidade, trabalho, geração de renda, infraestrutura, tecnologias, cultura, tradições e relações sociais. Para compreender a interdependência dos diversos vetores de impacto e como eles podem gerar valores positivos, o mapeamento de todas as etapas através de uma perspectiva integrada das interdependências e relações sociais e ambientais ao longo da cadeia faz parte de uma estratégia que contribui para a evolução das atuações empresariais e a maneira como elas contribuirão para o bem-estar global.
Contar com a expertise de consultorias especializadas em sustentabilidade, como a Rever, pode acelerar a implementação de uma gestão de cadeias produtivas com impactos positivos e gerar mudanças permanentes que contribuam para a justiça social e o equilíbrio ecossistêmico do planeta. Utilizando metodologias customizadas de mensuração de impactos socioeconômicos e ambientais para gestão e comunicação eficazes, a Rever, em parceria com a Utopies Brasil, apoia empresas para a realização de projetos como:
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Avaliação e Estratégia de Impactos Positivos;
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Avaliação de Impacto (BIA) & apoio à Certificação B;
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Mensuração de impactos socioeconômicos e ambientais (Local FootPrint® e Footprint Nature®);
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Mapa e indicadores de impactos e externalidade (Social Capital Protocol, Natural Capital Protocol e TEEB Agrifood);
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Resposta de índices como Dow Jones Sustainability Index.