O cenário de violação dos Direitos Humanos se agravou no Brasil. A ONG Human Rights Watch aponta, em seu relatório de 2019, World Report, que, no Brasil, os Direitos Humanos têm sido trabalhados de forma desigual e inconstante, não sendo garantidos para toda a população. Em relação à violência contra a mulher, por exemplo, mais de 1,2 milhões de casos de violência doméstica estava em tramitação em tribunais no ano de 2017. Trata-se de um número alarmante.
Sentindo-se afetada e vulnerável, a sociedade tem assumido uma posição questionadora e busca respostas a serem dadas pelas instituições. A lista das questões que são reivindicadas e precisam ser cuidadas é longa, até porque, como em um clichê, “tudo” tem a ver com respeito aos Direitos Humanos: instalações de trabalho seguras, equidade de salários entre homem e mulher, contratação de refugiados, investimento em projetos sociais, equilíbrio do meio ambiente que garanta uma vida com saúde e onde possamos exercer todo nosso potencial... Enfim, tudo remete ao nosso direito de viver, e viver bem!
Em um momento sensível, de cobranças por tomadas de decisões e ações, líderes e organizações de referências devem se pronunciar e posicionar em relação a assuntos críticos, assim como as empresas, que passam a ter sua atuação cobrada e assumem um papel de força quando se trata de Direitos Humanos. O respeito das empresas pelos direitos tem sido cobrado há algum tempo, por meio de leis (como a de controle de riscos de violações na cadeia de valor e a de compartilhamento de informações, por exemplo). Agora, passa a ser cobrado, também, para a obtenção e manutenção da licença social de operação. Ou seja, mais do que nunca, as empresas estão sendo questionadas sobre os caminhos que irão trilhar para reforçar a importância da promoção dos Direitos Humanos.
Alguns setores em particular, como o agro, têxtil e extrativos, enfrentam maiores riscos de violação em seus processos, que por consequência contaminam toda a cadeia de valor, até chegar ao consumidor final. No Brasil e no mundo, a cobrança por mudanças vem surgindo do último elo da cadeia e de seus financiadores: as empresas de produção de alimentos, vestuário e TI, assim como de varejo e bancos, pois suas marcas estão expostas e recebem diretamente as demandas da sociedade. Portanto, este último elo está demandando avaliações de riscos de Direitos Humanos em toda sua cadeia, começando pela origem das matérias primas.
Mas como tornar os Direitos Humanos uma oportunidade de negócio, fazendo com que líderes abracem o tema com força e a sua promoção avance de modo mais rápido e consistente?
Nos últimos dois anos, empresas têm investido significativos esforços para avançar em suas atuações em Direitos Humanos. Ao realizarem Due Diligence para identificarem seus riscos e avaliarem a gestão do tema, as empresas tornam-se referências setoriais, pois demonstram que este é um assunto chave tanto em suas operações, quanto em seus círculos de influência, incluindo fornecedores e clientes. Hoje, estas instituições, além de trabalhar para mitigar seus riscos e remediar seus impactos negativos, têm clareza de como uma análise de Direitos Humanos pode também identificar oportunidades para alavancar seus negócios, gerando impactos positivos.
Os responsáveis das empresas por implementar o Due Diligence como um passo importante para uma estratégia robusta do tema, tem observado o grande apelo dessa nova perspectiva de oportunidades para a liderança que, como consequência, disponibiliza recursos necessários para estruturar e avançar o tema. Além disso, os públicos-chave externos dessas empresas tem dado credibilidade ao posicionamento adotado e à verdadeira contribuição das empresas à sociedade.
5 Passos para tornar Direitos Humanos um Ativo
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Conheça onde promover os Direitos Humanos, por meio da sua atuação cotidiana ou ao gerar novas oportunidades de negócios.
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Identifique os públicos detentores de direitos da sua área de influência, com os quais a empresa deve se relacionar em caso de violação ou promoção de direito.
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Verifique como a gestão dos impactos nos Direitos Humanos está sendo feita (ou não) na prática.
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Desenhe um caminho claro que neutralize as violações e que alavanque a promoção dos direitos, gerando negócios.
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Construa um business case do avanço da sua gestão dos Direitos Humanos trabalhado com um pilar único, posicionado internamente e externamente.
A BSR-Rever vem demonstrando a eficácia de sua metodologia de Direitos Humanos e customizou suas ferramentas para o contexto nacional, preparando grandes players do mercado para se diferenciarem em sua atuação no tema. Temos apoiado nossos clientes a se desenvolverem alavancando seus negócios ao mesmo tempo em que geram impactos positivos. É isso que nos orgulha e nos motiva.